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G... de Grão

por Ana Catarina Tavares, Nutricionista, em 29.02.16

O grão, também conhecido como grão-de-bico, é uma leguminosa (pertencente à família das ervilhas) que teve origem da Turquia, na Síria e no Irã. O cultivo desta leguminosa começou 7000 anos aC. Era popular e amplamente consumido no antigo Egito, na Grécia e em Roma. 

 

Em Espanha, foi introduzido pelos fenícios e tornou-se bastante popular durante o domínio árabe na península ibérica. Foram principalmente os espanhóis que trouxeram o grão-de-bico para o Novo Mundo, pouco depois dos Descobrimentos.

 

Chegou ao Brasil com os portugueses, que utilizam o ingrediente em vários pratos típicos, mas o seu cultivo e o seu consumo cresceram por conta dos imigrantes vindos da Espanha e do Oriente Médio.

 

É a quinta leguminosa mais cultivada no mundo, depois da soja, do amendoim, dos feijões e da ervilha.

 

O grão-de-bico é uma proteína de origem vegetal pelo que numa dieta saudável pode ajudar no aumento de massa muscular. Cerca de 30% da sua constituição são de proteínas. Entre os principais componentes das proteínas do grão está o aminoácido triptofano. No organismo, esta substância transforma-se em serotonina, um neurotransmissor relacionado às sensações de bem-estar e prazer.

  

É ainda um óptimo alimento para ajudar a controlar o peso, já que possui hidratos de carbono complexos (de metabolização lenta no organismo) e é rico em fibras, o que proporciona quer a sensação de saciedade após a alimentação quer ajuda a diminuir o "mau" colesterol - LDL. Estas fibras ajudam também na prevenção do cancro do cólon e do reto e ajudam a diminuir a obstipação.

 

Apresenta na sua composição ferro, zinco, potássio, magnésio, fósforo, manganês, niacina, folato e cálcio, além de ômegas 3 e 6 (óptimos para prevenção de doenças cardiovasculares). 

 

Estudos mostram que o consumo regular de leguminosas, pode ajudar no controle da diabetes e na diminuição do risco de doenças cardiovasculares.

 

O grão-de-bico beneficia ainda o desenvolvimento de bactérias benéficas no intestino grosso — ele contém um amido que resiste ao processo de digestão e serve de “alimento” para essas bactérias, que competem com as bactérias que fazem mal, diminuindo o desenvolvimento destas últimas e favorecendo o sistema imunológico do corpo.

As bactérias benéficas também podem ajudar a absorção de certos nutrientes, como o cálcio, e oferecer protecção contra o cancro colo-retal.

 

Se o grão lhe costuma provocar flatulência experimente acrescentar à água de demolhar um pedaço de alga kombu uma vez que esta vai facilitar a digestão das leguminosas.

 

Devemos dar sempre preferência a leguminosas secas, demolhá-las e cozê-las, uma vez que estas não possuem nenhum ingrediente adicionado tais como açúcares e conservantes.

 

Atenção! É muito importante demolhar as leguminosas secas! Na natureza as sementes encontram-se num estado “adormecido” e só se desenvolvem quando as condições são ideais. Elas possuem mecanismos de defesa que incluem inibidores de enzimas, substâncias tóxicas e anti-nutrientes que permitem manter todas as suas propriedades intactas até ao momento que em contacto com a água, neste caso com a chuva, começa o seu processo de germinação e se desenvolve a nova planta.

Ao demolhar estamos a imitar o processo que acontece na natureza, iniciando a germinação e só desta forma as enzimas começam a ser produzidas. As proteínas, os minerais, e as vitaminas ficam biodisponíveis e são mais fáceis de serem assimilados pelo nosso organismo.

A água deve depois ser eliminada e com nova água começamos o processo da cozedura.

 

Ao comprar a leguminosa seca, verifique sempre se os grãos estão inteiros, com tamanho e cor uniformes, sem manchas escuras ou sinais de humidade. Se já estiver embalado, observe se não há insetos no interior da embalagem.

Na compra de grão-de-bico em conserva, a embalagem deve ser intacta, sem sinais de ferrugem e dentro do prazo de validade. Procure também aquele com menor lista de ingredientes!

 

Ana Catarina Tavares

1726N

 

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publicado às 08:00


Bolo de Abacate

por Ana Catarina Tavares, Nutricionista, em 22.02.16

E a propósito do post da semana passada qui fica uma receita com abacate =)

 

Bolo de Abacate:

 

Ingredientes

2 cups de farinha de trigo


1 cup de açúcar amarelo


1/2 cup de óleo


1 colher sopa de essência de baunilha


1 colher sopa de vinagre de maçã


1 colher café de bicarbonato de sódio


2 colheres chá de fermento em pó


1 cupde água a temperatura ambiente


1 abacate grande ou 2 abacates pequenos


Sumo de 1 limão grande



Preparação

Comece por preparar o abacate. Retire a polpa e esmague com um garfo adicionando o sumo de limão. Reserve.

Misture bem os ingredientes secos e acrescente a baunilha, o vinagre e o óleo.

Adicione a água aos poucos sempre mexendo para agregar os ingredientes.

Não é necessário bater.

Por fim, acrescente o abacate preparado antes e misture delicadamente.

Coloque a mistura numa forma de silicone de modo a não ter de levar mais gorduras. Deixe cozinhar em forno pré aquecido a 150 ºC por 30 a 40 minutos. 

 

Bom apetite!

 

Ana Catarina Tavares

1726N

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A… de Abacate

por Ana Catarina Tavares, Nutricionista, em 15.02.16

Os abacates são nativos da América Central e do Sul e foram cultivados nestas regiões desde 8000 aC. Os principais produtores comerciais de abacates são os Estados Unidos, México, República Dominicana, Brasil e Colômbia.

Existem dezenas de variedades de abacate, incluindo as variedades Hass, Fuerto, Zutano e bacon.

A variedade Hass é o tipo mais popular de abacate. Tem uma casca mais escura.

O abacate Fuerte, geralmente disponíveis durante os meses de inverno, tem uma pele mais lisa verde, mais brilhante.

A palavra "abacate" é derivado da palavra asteca "ahuacatl", que significa testículo.

Um abacate está maduro e pronto para comer quando é um pouco mole, mas não deve ter manchas escuras afundados ou rachaduras.

 

Ana Catarina Tavares

1726N

 

 

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publicado às 08:00


Alimentos in natura, processados e ultraprocessados

por Ana Catarina Tavares, Nutricionista, em 08.02.16

Os alimentos processados e ultraprocessados são práticos, baratos e de fácil acesso, no entanto nada de bom trazem ao organismo.

 

Existem 4 tipos de alimentos:

 

Alimentos in natura são aqueles obtidos diretamente de plantas ou de animais e adquiridos para consumo sem que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza.

Alimentos minimamente processados são alimentos in natura que, antes de sua aquisição, foram submetidos a alterações mínimas. Exemplos incluem grãos secos, polidos e empacotados ou moídos na forma de farinhas, raízes e tubérculos lavados, cortes de carne resfriados ou congelados e leite pasteurizado. São também minimamente processados produtos extraídos de alimentos in natura ou diretamente da natureza e usados pelas pessoas para temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias. Exemplos desses produtos são: óleos, gorduras, açúcar e sal;

Alimentos Processados
Os considerados processados são produtos fabricados essencialmente com a adição de sal ou açúcar a um alimento in natura ou minimamente processado, como legumes em conserva, frutas em calda, queijos e pães.

 

Alimentos Ultraprocessados

Os ultraprocessados correspondem a produtos cuja fabricação envolve diversas etapas e técnicas de processamento e vários ingredientes, muitos deles de uso exclusivamente industrial. Exemplos incluem refrigerantes, biscoitos, pão embalado, salgadinhos de pacote e noodles instantaneos.

O elevado consumo de alimentos processados e ultraprocessados apresenta uma relação positiva com a ingestão de sódio, colesterol e gorduras o que origina doenças coronárias, hipertensão arterial, diabetes e obesidade.


A isto acrescenta-se que as altas temperaturas e a manipulação a que estes alimentos estão sujeitos ajudam a subtrair algumas das suas vitaminas. Não é por acaso que são chamados de “geradores de fome”, uma vez que o excesso de açúcar presente, de mão dadas com uma pobreza de fibras, faz com que a sua absorção seja mais rápida. A ausência de vitaminas, nutrientes e sais minerais pode acarretar uma anemia e até problemas mais graves relacionados a órgãos específicos, como rins e fígado, por exemplo.

 

Características dos alimentos processados e ultraprocessados:

  • Alto poder calórico, mas com uma energia “vazia”.

 

  • Hiperpalatabilidade, ou seja, um sabor artificial exagerado, que exacerba os sentidos e cria um padrão de gosto no organismo.

 

  • Alimentos altamente disponíveis para consumo.

 

  • Excesso de sal, açúcar, gorduras e substâncias químicas como conservantes, estabilizantes, flavorizantes e corantes.

Os alimentos processados e ultraprocessados devem assim ser evitados ao máximo, principalmente na infância, para que não se tornem hábitos e, sim, algo, no máximo, esporádico.

 

O melhor a fazer é voltarmos às origens e frequentar mais as feiras e os mercados do que os supermercados, uma vez que as primeiras oferecem um número maior de produtos frescos e mais saudáveis.

Feira São Pedro de Sintra

 

 

Ana Catarina Tavares

1726N  

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publicado às 08:00


Os diversos tipos de sal

por Ana Catarina Tavares, Nutricionista, em 01.02.16

O que chamamos popularmente de sal de cozinha, ou simplesmente sal, é o cloreto de sódio .

O sal foi provavelmente, desde o início dos tempos, o primeiro mineral a ser utilizado conscientemente pelo homem como suplemento alimentar. A necessidade cada vez maior e a preocupação do homem em manter os alimentos em bom estado de conservação levou-o a perceber que o uso do sal seria um dos métodos possíveis.

Além do paladar, o sal é uma necessidade vital. Sem sódio o organismo é incapaz de transportar nutrientes, transmitir impulsos nervosos e mover músculos.

 

 Sal de cozinha refinado:  Composto por 60% de cloreto e 40% de sódio sendo obtido por meio da evaporação da água do mar. Cada grama de sal possui 400mg de sódio.

- Sal grosso: Possui a mesma composição do sal de cozinha porém não passa pelo processo de refinamento. É mais utilizado para temperar carnes, principalmente churrasco. Possui também 400mg de sódio para 1g de sal grosso.

- Sal light: É composto de 50% de cloreto de sódio e 50% de cloreto de potássio e por isso é considerado um sal mais saudável, pois o sódio auxilia na retenção de líquidos e o potássio é diurético, havendo assim um equilíbrio. Este produto não é recomendado para pacientes com problemas renais. Cada 1g de sal light possui 197mg de sódio.

- Sal marinho: Provém também da evaporação da água marinha, entretanto o refinamento é mais grosseiro e por isso os grãos são mais irregulares e preserva-se mais a presença dos minerais. 1g de sal marinho possui 420mg de sódio.

- Sal rosa do Himalaia: É retirado das montanhas dos Himalaias onde já houve a presença do mar à milhares de anos. Possui coloração rosa devido a presença de mais de 80 minerais, entre eles, o ferro, potássio, magnésio e cálcio. 1g possui 230mg de sódio. O sal rosa ainda tem um poder altamente desintoxicante, fortalece os músculos e melhora o sistema imunitário.  

- Sal defumado: Este sal é defumado a partir da queima de barris de carvalho usado no envelhecimento de vinhos. É muito requintado e com valor bem elevado. 1g contém 395mg de sódio.

- Sal líquido: sal dissolvido em água mineral e por ser em forma de spray pode salgar os alimentos de forma mais uniforme auxiliando no menor consumo de sódio. 1ml de sal líquido possui 110mg de sódio.

- Sal negro: provém da Índia e é um sal vulcânico. Possui enxofre na sua composição o que garante seu sabor sulforoso. 1 g de sal negro = 380 mg de sódio

- Sal temperado com ervas como manjericão, orégãos, alecrim, sálvia, tomilho e salsa. Por ser temperado oferece maior sabor aos alimentos e por isso utiliza-se menor quantidade de sal.

- flor de sal é um aglomerado de cristais que se forma à superfície da água do mar. A flor de sal é fonte natural de ferro, zinco, magnésio, iodo, flúor, sódio, cálcio, potássio e cobre, pois não sofre nenhum processamento ou refinação posterior à sua recolha do mar. A coloração acinzentada dá-se devido à presença de areia, mas também é comum o uso de outros elementos para alterar a cor do produto. 1 g de flor de sal tem 450mg de sódio

Sal marinho integral (não refinado) - Este tipo de sal contem cerca de 84 elementos entre os quais o iodo de fácil assimilação. Contem igualmente magnésio, cálcio, zinco, cobalto, ferro, mercúrio entre outros minerais. Enquanto que ao sal refinado normalmente é acrescentado iodo, o sal marinho refinado apresenta na sua constituição os dois minerais em equilíbrio, sendo por isso menos prejudicial à saúde. Apesar de conter ligeiramente menos cloreto de sódio que o sal marinho refinado não deve ser consumido em grandes quantidades.

Na minha opinião o melhor sal é o sal dos himalaias. Uma vez que este sal é bastante dispendioso em segundo lugar está o sal marinho integral como sendo um dos mais saudáveis.  No entanto, existem muitas das vezes embalagens que dizem sal marinho integral em letras grandes e em letras pequeninas diz sal marinho refinado. Tenha atenção para não ser enganado. Seja que tipo de sal for devem ser sempre consumidos com bastante moderação! Segundo a Organização Mundial da Saúde os adultos devem consumir cerca de no máximo 5g/dia de sal sendo que apenas os alimentos já atingiriam essa recomendação e com adição do sal nas preparações acaba-se consumindo mais que o dobro dessa recomendação. O excesso de sódio retém água e faz com que eleve a pressão arterial e esse processo propicia o surgimento de doenças cardíacas e renais, além do tradicional desconforto proveniente dos inchaços.

 

Ana Catarina Tavares

1726N

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publicado às 08:00


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